ONG denuncia abandono do poder público, com lixo espalhado em ruas e praias de Ilhéus

Segundo organização, prefeitura não promove políticas de prevenção, fiscalização e educação ambiental na cidade

Foto: Reprodução/GAP Ilhéus

A ONG ambiental Grupo Amigos da Praia (GAP), de Ilhéus, denunciou, em carta aberta, o descaso dos moradores e do poder público com a cidade. Segundo o documento, publicado nesta sexta-feira (27), o município no sul da Bahia está repleto de lixo e sinais de abandono.

“Ruas do centro histórico sujas, lojas e lanchonetes que deixam mais variados resíduos em suas portas em qualquer horário do dia ou da noite sem qualquer fiscalização da ordem pública, centenas de bueiros entupidos e esgoto correndo a céu aberto inclusive na rua de acesso ao aeroporto provocando mau cheiro insuportável”, lista a organização.

“Não existe uma política de prevenção e educação ambiental para que o resíduo não chegue à praia, não existem lixeiras na orla, é raríssimo encontrar uma lixeira nas praias de Ilhéus, sejam lixeiras públicas ou de [empresas] particulares, não existe fiscalização sobre o descarte indevido nas áreas ribeirinhas e muito lixo doméstico é encontrado na praia. Não existem container e minicontainer adequados para o ambiente praiano, não existe nenhum ecoponto público na cidade, apenas iniciativas de Ongs como GAP e algumas associações de moradores”, denuncia a carta.

O GAP citou ainda a presença de centenas de sacos de lixo abandonados na Praia da Avenida, no centro urbano de Ilhéus. “Anteriormente, ficamos até contentes porque a prefeitura fez a separação dos resíduos, ensacou, colocou tratores na praia para retirar as baronesas e, posteriormente, o que ocorreu: nada. Tudo está na exposto ao sol, ressecando os sacos, que se partem espalhando todo o lixo novamente. É desesperador ver isso”, descreveu o presidente da Instituição e técnico de surf, Gabriel Macedo.

No texto, a ONG também criticou o trabalho precário realizado pela empresa FG Soluções Ambientais, que conta com uma verba orçamentária mensal no valor de R$ 100 mil. “Trabalho realizado manualmente sem nenhum tipo de mecanização ou modernização, é o antigo sistema de coletar o que o outros sujam indiscriminadamente e até criminosamente”, diz.

De acordo com o GAP, este cenário afasta os turistas da cidade, que se deparam com “o contraste bizarro de beleza e sujeira no mesmo ambiente”.

Procurada, a Secretaria de Serviços Urbanos da prefeitura de Ilhéus informou que “desconhece a informação” e prometeu um posicionamento mais detalhado.

Fonte: Metro1

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