Bolsonaro convida príncipe saudita para visitar o Brasil

Segundo fontes do governo, Mohamed bin Salman aceitou o convite; viagem, de acordo com essas fontes, está prevista para ocorrer em março. Ele é apontado em relatórios do departamento de inteligência dos Estados Unidos como o mandante da morte do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018.

O presidente Jair Bolsonaro e o príncipe saudita, Mohamed bin Salman, durante encontro na cúpula do G20 no Japão, em 2019 — Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro convidou o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, para vir ao Brasil, afirmam fontes do governo.

Essas fontes disseram às comentaristas Natuza Nery e Julia Duailibi que Salman aceitou. Conforme as tratativas, o encontro está previsto para março.

O convite formal foi feito pela diplomacia brasileira ao ministro dos Negócios Estrangeiros, príncipe Faisal bin Farhan Al Saud, em 25 de novembro de 2021, quando ele esteve no Brasil.

Mohamed bin Salman é conhecido no mundo por usar medidas violentas para silenciar dissidentes, inclusive no exterior. A Arábia Saudita é uma ditadura.

Ele é apontado em relatórios do departamento de inteligência dos Estados Unidos como o mandante da morte do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018. Crítico do regime, o repórter foi assassinado e esquartejado após entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul.

Em 2019, Jair Bolsonaro sofreu diversas críticas ao decidir fazer uma visita oficial à Arábia Saudita.

Naquela ocasião, o presidente brasileiro afirmou ter “afinidade” com bin Salman.

Desde então, os laços entre ambos ficaram mais estreitos.

“Temos uma reunião de negócios hoje à tarde. Todo mundo gostaria de passar uma tarde com um príncipe. Especialmente vocês mulheres, né? — disse Bolsonaro à época.

E prosseguiu, durante entrevista a jornalistas brasileiros: “Tenho uma certa afinidade com o príncipe. Em especial depois do encontro em Osaka”, referindo-se à reunião dos dois na última cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), em junho de 2019, no Japão.

Embora crítico de ditaduras de esquerda, Bolsonaro tem se aproximado cada vez mais de regimes autoritários de direita.

Ele acaba retornar de uma rumorosa vista à Rússia e à Hungria.

Bolsonaro manifestou solidariedade à Rússia de Vladimir Putin em meio às tensões com a Ucrânia.

Na Hungria, país com um dos mais baixos índices de respeito à democracia, segundo relatórios internacionais, abraçou o premiê Viktor Orban, a quem chamou de irmão. Em seguida, entoou lema inspirado no fascismo italiano.

Fonte: G1

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