Lula lança carta aos evangélicos nesta semana; veja trechos

Ex-presidente vai pedir a evangélicos ajuda na política de prevenção às drogas e na área social. Inicialmente, documento seria divulgado nesta segunda, mas ficou para sábado (15).

Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação

Lula (PT) lança, nesta semana, a “Carta Compromisso aos Evangélicos”. Em resumo, o petista deve indicar que não basta haver igrejas abertas, mas que evangélicos precisam participar ainda mais da vida nacional.

Inicialmente o documento seria divulgado nesta segunda-feira (10), mas foi adiado para sábado (15), como informa a apresentadora da GloboNews Camila Bomfim.

Na prática, a carta não é apenas uma reação às fake news que afirmam que Lula fechará igrejas, mas uma indicação de caminhos para futura parceria com evangélicos para o desenvolvimento de políticas sociais.

No texto que estava sendo elaborado, havia a previsão de uma citação especial aos trabalhos das igrejas na prevenção às drogas, com o fortalecimento das comunidades terapêuticas.

A carta deve citar, ainda, programas das igrejas para proteção das mulheres, para incentivo à arte evangélica e para o combate à fome e à extrema pobreza.

“As igrejas evangélicas têm um papel fundamental na sociedade brasileira. Em lugares onde o Poder Público não consegue chegar, há congregações com irmãos e irmãs que trabalham ativamente nas suas comunidades com a propagação do Evangelho, se dedicam em levar paz, conforto espiritual às famílias e desenvolvem forte trabalho social. Vale destacar com ênfase a mulher evangélica, aguerrida em sua fé, dedicadas à oração e ao cuidado com suas famílias”, diz trecho do documento.

O petista também destacará leis relevantes para as comunidades evangélicas e que sancionou no primeiro e segundo mandatos.

“A defesa da ampla liberdade religiosa sempre marcou a minha vida política e a minha conduta pessoal como cristão. Valorizando a verdade, destaco que sancionei leis importantes como a da Marcha Para Jesus, Dia Nacional do Evangélico e da Liberdade Religiosa.”

Lula sancionou a lei da Liberdade Religiosa em 2003, a Marcha para Jesus em 2009, e o Dia Nacional do Evangélico em 2010.

Como a jornalista Andrea Sadi antecipou, o PT defenderá a representatividade de evangélicos nas diferentes áreas do governo, atuando junto aos conselhos setoriais e constitucionais. O texto deve apresentar, pelo menos, sete compromissos:

  1. Garantia da liberdade religiosa, da defesa da família e da vida;
  2. Garantia de que nenhum templo será fechado e nenhum culto proibido;
  3. Não enviar ao Congressos leis, nem alterar qualquer norma que envolva valores cristãos, da família e da vida;
  4. Combate a qualquer tipo de preconceito contra evangélicos;
  5. Participação efetiva de evangélicos nas diferentes áreas do governo;
  6. Defesa da participação de evangélicos nas políticas públicas, em especial na prevenção às drogas;
  7. Valorização de projetos já desenvolvidos nas áreas de assistência social.

Assim como Bolsonaro usa o versículo, “Conhecereis a verdade, e a verdade os libertará” (João 8;32), Lula também recorrerá à Bíblia para dizer que o país precisa de paz. “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5;9).

“É a própria Bíblia que nos ensina andar pelo caminho da paz com todos e Jesus mostra que a casa dividida não prospera. Portanto, a tentativa de divisão dos brasileiros não ajuda a nossa nação. Somos um só povo”, diz a carta.

Fonte: G1

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