Pernambucanas vai abrir filial em Alagoinhas e gerar cerca de 30 empregos diretos e 60 indiretos

A rede deve gerar 30 empregos diretos e 60 indiretos.

Foto: Reprodução

Uma das marcas tradicionais do varejo brasileiro, a Pernambucanas, conhecida e expandida no Brasil nos anos de 1970 e 1990 com o nome de Casas Pernambucanas, estuda instalar uma filial em Alagoinhas e impor concorrência direta com os vendedores de eletrônicos, roupas, cama, mesa e banho, além do modelo atual de suas concorrentes como venda online, cartão próprio e um portfólio diversificado para oferecer à clientela.

A Pernambucanas já contratou uma empresa de RH que está atuando na seleção de pessoal e deve ser instalada em Alagoinhas onde nos últimos quatro anos funcionou a Di Santini e outras lojas congêneres, bem em frente ao prédio onde funcionou sua antiga loja Casas Pernambucanas, fechada no final dos anos 1980 e que deu espaço para a extinta rede Insinuante.

A rede deve gerar 30 empregos diretos e 60 indiretos. Além disso, será forte concorrente nos setores já anunciados, trazendo novidades dos mercados paulista, fluminense e gaúcho, mas aguarda o anúncio da vinda de um shopping por um grupo paulista para instalar sua segunda loja na cidade.

A história da Pernambucanas

Há mais de 100 anos a PERNAMBUCANAS está ao lado da família brasileira. Sempre com o objetivo de atender as suas necessidades e desejos oferecendo uma ampla variedade de produtos e serviços. Moda, eletrodomésticos, cama, mesa e banho, utilidades, tapetes, cortinas e muito mais. Tudo feito com qualidade, muito bom gosto e um atendimento de primeira. Afinal, a PERNAMBUCANAS oferece mais estilo para você e para a sua casa.

A história começou em 1855 quando Herman Theodor Lundgren, filho de um pequeno industrial da cidade de Norrköping, desembarcou no Brasil, vindo da Suécia. Estabeleceu-se na cidade do Recife, estado de Pernambuco, como corretor e agente de navios. Como falava alemão e inglês fluentes, servia de intérprete para comandantes, tripulantes e passageiros, e isso fez seu negócio prosperar. Empreendedor obstinado se dedicava também à importação e exportação de produtos como cera de carnaúba, sal e peles de animais. Nos anos seguintes, ele fundou em Pernambuco uma fábrica de pólvora, em 1856, e outra de fertilizantes. No início do século XX, em 1904, ele comprou a Companhia de Tecidos Paulista, situada no pequeno povoado de Paulista, então pertencente ao distrito de Olinda, no litoral do estado de Pernambuco, e ingressou na indústria têxtil.

Com a morte do patriarca em 1907, seus filhos Herman, Frederico, Alberto e Arthur, resolveram inaugurar no dia 25 de setembro de 1908 a primeira loja com o nome de CASAS PERNAMBUCANAS, uma homenagem ao estado onde o grupo havia nascido, um simples barracão cujo principal objetivo era dar vazão à produção de tecidos da CPT (Companhia Paulista de Tecidos). A loja foi pioneira ao trabalhar com preços fixos em uma época que o costume era barganhar. Em 1910 foi inaugurada uma loja em plena Praça da Sé, na cidade de São Paulo. Impondo-se pela qualidade, preço e excelência no atendimento aos clientes, a PERNAMBUCANAS, de São Paulo, em pouco tempo dominou o mercado, tornando-se o embrião daquela que viria a ser uma das maiores redes varejistas do país. Em 1915 a rede já tinha lojas em funcionamento nas cidades de Porto Alegre, Florianópolis e Teresina.

Inovadora em vários aspectos, a rede possuía, na década de 1920, um Manual de Procedimentos, no qual orientava gerentes das lojas a fazer “reclames em circos e cinemas”. Porteiras de fazendas, morros, pedras, troncos de árvore, postes de iluminação e lonas de circo transformaram-se, assim, nos primeiros outdoors do país para anunciar sua chegada em muitas cidades, fixando a imagem da marca na mente da consumidora de tecidos e linhas de cama, mesa e banho. O impacto desta forma inusitada de publicidade foi tão grande que consolidou o nome da empresa e, não demorou muito para a PERNAMBUCANAS se tornar um símbolo de prestígio e modernidade, inclusive sendo convidada por prefeitos a abrir filiais em novos municípios. Além da comunicação forte, a empresa usou como estratégia abrir lojas seguindo a rede ferroviária construída na década de 1930, durante a chamada Era do Café. Uma das primeiras a contratar mulheres como vendedoras, a rede também inovou ao tirar os tecidos das prateleiras e colocá-los nas mãos das consumidoras, além de criar marcas próprias como os tecidos Marca Olho e as camisas Lunfor.

Na década de 1940, novas lojas foram inauguradas nos bairros da capital paulista. Para atrair os clientes, as lojas colocavam em suas fachadas o boneco Grillo, um policial em madeira que virou símbolo da PERNAMBUCANAS e indicava a entrada do estabelecimento, credenciando-o como um local seguro e confiável. Os anos foram passando, o Brasil sofreu várias transformações e a empresa continuou a imprimir sua marca por onde passou, com ações administrativas e comerciais inovadoras, e a inauguração de dezenas de novas unidades, tornando a marca PERNAMBUCANAS ao mesmo tempo popular e fashion para a camada mais baixa da população. A empresa chegou a ter 800 lojas espalhadas pelo país e 40.000 funcionários. Na década de 1970 a PERNAMBUCANAS esteve entre as primeiras empresas do segmento de varejo a utilizar carnês para crediário (batizado de Crediário Tentação) e cartões de financiamento próprio. Nesta década a rede começou a comercializar roupas para homens, mulheres e crianças, além de uma pequena linha de eletrodomésticos e eletrônicos.

Dados corporativos 

● Origem: Brasil

● Fundação: 25 de setembro de 1908

● Fundador: Herman Theodor Lundgren

● Sede mundial: São Paulo, Brasil

● Proprietário da marca: Arthur Lundgren Tecidos S.A. – Casas Pernambucanas

● Capital aberto: Não

● CEO: Anita Louise Harley

● Presidente: Marcelo Doll

● Faturamento: R$ 5.02 bilhões (2014)

● Lucro: R$ 170 milhões (2014)

● Lojas: 310

● Presença global: Não (presente somente no Brasil)

● Funcionários: 17.000

● Segmento: Varejo

● Principais produtos: Roupas, calçados, eletrodomésticos e itens de cama, mesa e banho

● Concorrentes diretos: C&A, Riachuelo, Renner, Marisa, Magazine Luiza e Casas Bahia

● Slogan: Aqui você é mais.

● Website: www.pernambucanas.com.br

A marca no Brasil

Atualmente a rede, uma das maiores varejistas do país, possui mais de 310 lojas distribuídas pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, emprega 17 mil pessoas e faturou mais de R$ 5 bilhões em 2014. No faturamento da empresa, eletrodomésticos respondem por 50%, 30% vem do segmento de vestuário e 20% de cama, mesa e banho. Nos últimos anos, o cartão PERNAMBUCANAS ultrapassou os 10 milhões de usuários.

Você sabia?

● Apesar de se chamar “Pernambucanas” remetendo ao estado de Pernambuco, a rede não possui mais lojas na região.

● A família Lundgren protagoniza há duas décadas uma das mais terríveis disputas societárias de que se tem notícia no capitalismo brasileiro. Mais de 30 descendentes da quarta e da quinta geração disputam o controle da empresa. De um lado está Anita Harley, que comanda a PERNAMBUCANAS há mais de duas décadas. De outro, primos que discordam da condução do negócio e sobrinhos que brigam na justiça para arrancar Anita do poder.

Fonte: Gazeta

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