Equipes ficam no zero a zero no tempo normal, apesar de a seleção ficar com um jogador a mais no fim
Depois de 90 minutos de muita briga e pouco futebol, o Brasil foi eliminado nos pênaltis pelo Uruguai, nas quartas de final da Copa América, e volta para casa mais cedo.
Sem Vinicius Junior, suspenso, a seleção brasileira ficou no empate sem gols com os uruguaios no tempo normal, em Las Vegas. Nas cobranças alternadas, 4 a 2 para o Uruguai.
Eder Militão e Douglas Luiz desperdiçaram para o Brasil. Por sua vez, Andreas Pereira e Martinelli marcaram. No Uruguai, Valverde, Bettancourt, Arrascaeta e Ugate fizeram. Gimenez perdeu.
Mesmo depois de ficar com um jogador a mais, o Brasil teve 20 minutos para matar o jogo no tempo normal, mas não teve competência para isso.
Agora, o Uruguai vai encarar a Colômbia na semifinal.
O Brasil chegou até as quartas de final invicto, após sete partidas com Dorival JR desde que assumiu a seleção, mas não empolgava na Copa América. A Seleção venceu o Paraguai, mas empatou com Costa Rica e Colômbia e, assim, passou em segundo lugar do Grupo D.
Como foi o jogo
A rivalidade aguçada pelo melhor momento do Uruguai em relação ao Brasil levou a um primeiro tempo marcado por demonstração de mais virilidade do que de talento.
Houve disputa por espaço, divididas fortes, tentativas de ligação direta, e pouca inspiração. O jogo mais vertical do Brasil não funcionou no início. Com uma saída de bola pressionada, foram muitos passes errados, e pouco domínio no campo do adversário.
Sem Vinicius Junior, suspenso, Endrick começou a sua primeira participação como titular na seleção sendo intimidado pela zaga uruguaia, mais caído no chão do que de pé. Rodrygo, aberto na esquerda, também não conseguiu aparecer.
Além do maior vigor na marcação em seu campo, o Uruguai adiantava os homens de frente para sufocar o Brasil, sobretudo com De La Cruz. E prevaleceu na disputa da bola no meio, embora com mais faltas.
Nesse cenário, o Brasil não tinha jogada com os laterais, os meias jogavam muito de costas, e os atacantes não conseguiam prender a bola na frente.
A construção de jogo mais sustentada ficou inicialmente por parte do Uruguai, com Pelistri em boas investidas nas costas de Arana. Com Darwin Ñunez como referência, esse tipo de jogo fazia mais sentido para o time de Bielsa do que para o de Dorival Junior.
Chances perdidas
O Uruguai assustou justamente com uma cabeçada de Ñunez, que Militão desviou quase contra o próprio gol. Foi também em falha da defesa uruguaia que o Brasil levou perigo, mas Endrick demorou para finalizar.