Prefeitos baianos definem mobilização em Brasília contra crise financeira

Mais de 130 prefeitos baianos se reuniram de forma emergencial na tarde de ontem no auditório da União dos Municípios da Bahia

Foto: Divulgação

Mais de 130 prefeitos baianos se reuniram de forma emergencial na tarde de ontem no auditório da União dos Municípios da Bahia (UPB), localizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. O objetivo foi discutir estratégias e encontrar soluções para lidar com a constante redução nos recursos provenientes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O primeiro repasse do mês de setembro teve uma queda de quase 30%, se comparado ao mesmo período do ano anterior. O FPM menor tem reflexo direto na prestação de serviços à população e na execução de políticas públicas para os munícipes. No encontro, ficou definido que nos dias 3 e 4 ocorrerá uma grande mobilização, em Brasília, para viabilizar pautas municipalistas, incluindo a queda do FPM.

“Infelizmente a angústia de prefeitos e prefeitas é grande porque não estão conseguindo honrar os compromissos. Ao todo 58% dos municípios baianos estão no vermelho, sem perspectivas de resolver os problemas de imediato. Nós não podemos, de forma nenhuma, aceitar que esses problemas cheguem à ponta da forma que está chegando”, destacou o presidente da UPB e prefeito de Belo Campo, Quinho, do PSD.

De acordo com os gestores baianos, a situação dos municípios especificamente localizados na região do Nordeste segue crítica, como na Bahia, onde mais de 80% dos municípios são de pequeno porte e dependem das transferências da União.

“Estamos em um momento de encruzilhada para as gestões municipais. A estratégia correta para alcançarmos os resultados é a que a gente já vem fazendo, mas de maneira intensificada. A solução dos nossos problemas está no debate com o Congresso Nacional porque há uma inclinação dos líderes partidários em nos ajudar”, afirmou o vice-presidente institucional da UPB e prefeito de Amargosa, Júlio Pinheiro, do PT.

“É em Brasília que está o recurso e a solução, com a compensação necessária para a crise financeira”, emendou o gestor petista. Além da mobilização em Brasília nos dias 3 e 4 de outubro, também estão entre os encaminhamentos da reunião emergencial: reforçar a luta pela aprovação da redução da alíquota do INSS e buscar apoio junto ao Congresso Nacional para pressionar o governo federal a liberar o Apoio Financeiro aos Municípios (AFM), em caráter de emergência.

O presidente da Federação dos Consórcios Públicos da Bahia (FECBAHIA) e prefeito de Castro Alves, Thiancle Araújo (PSD), também defendeu a intensificação da luta dos prefeitos e prefeitas na capital federal: “Precisamos buscar soluções e caminhos que nos levem a encontrar saídas para essa crise financeira que atinge as prefeituras”.

Na ocasião, Thiancle Araújo tambémdestacou a dedicação e cuidado de todos os gestores que fazem parte da UPB, uma vez que muitos municípios estão distantes da capital, o que exige esforço para o deslocamento.

Fonte: AT

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