Intenção de consumo das famílias baianas cresce 1,5%; maior patamar desde março do ano passado

O Índice elaborado mensalmente pela Fecomércio-BA não reflete o aumento de consumo

Foto: Fecomércio

Foi divulgado na tarde desta quarta-feira (2), o ICF – Índice de Intenção de Consumo das Famílias, elaborado mensalmente pela Fecomércio-BA, que registrou aumento 1,5% em fevereiro em relação a janeiro e atinge 83,1 pontos, maior patamar desde março do ano passado (87,2 pontos). Na comparação com o mesmo período do ano passado, o ICF teve leve queda de 0,7%.

Ainda que seja a quarta alta consecutiva, há uma clara diferença no desempenho dos itens que compõem o ICF. Por exemplo, no lado positivo, quem puxou o indicador foram – novamente – os itens relacionados ao emprego: Emprego Atual e Perspectiva Profissional.

O primeiro registrou alta de 5,2% e atingiu os 109,7 pontos, maior nível desde abril de 2020. “Esse resultado promove mais segurança no emprego, não necessariamente no sentido de melhora, mas de que o cenário negativo, de possível demissão, já passou”, justifica o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

Já o segundo, Perspectiva Profissional, apesar de ter indicado alta de 7%, ainda está abaixo dos 100 pontos, na zona de insatisfação, com 88,2 pontos. Ou seja, há somente uma redução do pessimismo em relação a melhora profissional do responsável do domicílio em Salvador.

Outra alta foi do item Momento para Duráveis de 2,4%. No entanto, é o item com a pior avaliação do ICF com 42,4 pontos.

“São 76% que ainda dizem ser um mau momento para compras de produtos como geladeira, fogão, televisor etc. A melhora residual pode ser entendida pelo momento, em que alguns consumidores encontram preços atrativos em algumas liquidações de início de ano”, destaca o economista da Fecomércio-BA.

O item Renda Atual subiu 0,5% ao passar de 94,9 pontos em janeiro para os atuais 95,4 pontos. O reajuste do salário-mínimo gerou um alívio para as famílias na proteção contra a inflação.

Já no sentido contrário, o destaque foi o item Acesso a Crédito que retraiu 3,1% em fevereiro e voltou aos 94,4 pontos.

“Com o aumento da taxa de juros para quase 11% e o número de famílias inadimplentes nas máximas históricas, é natural que haja uma maior seletividade por parte dos bancos ao conceder crédito. Desta forma, os consumidores avaliam a maior dificuldade de obtenção de financiamento para compras a prazo”, comenta Dietze.

As demais quedas foram dos itens ligados ao consumo: Nível de Consumo Atual (65,2 pontos) e Perspectiva de Consumo (86,2 pontos). O primeiro recuou 0,4% e o segundo, -0,9%.

“Fica claro que a maior segurança no emprego não está se revertendo em aumento de consumo. Os dados do comércio divulgados pela Fecomércio-BA comprovam isso, de vendas mais fracas do que o esperado”, cita o economista.

Para o especialista, as famílias estão muito endividadas e, desta forma, o dinheiro que sobra está indo para acertar as contas.

“Enquanto não houver uma geração mais forte de emprego para dar um fôlego financeiro às famílias, o cenário não deve se alterar tanto. O problema é que as perspectivas não são as mais otimistas, pelo contrário. O aumento dos juros vai enfraquecer não somente o consumo, mas os investimentos que seriam fundamentais para uma tração maior da economia e de vendas”, justifica Dietze.

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